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O casal Claiton Henz, 49 anos, e Cláudia Mergen, 45, trocaram alianças de noivado quando a filha Lívia Victória Henz, 9, tinha apenas 30 dias de vida. Desde aquela data, esperavam o dia de oficializar o casamento. A realização do sonho foi na noite de terça-feira, 22/11, que marcou também a união de outros 21 casais de Lajeado durante o Casamento Inclusivo Coletivo de 2022.

Cláudia conta que esse momento sempre foi adiado por conta dos documentos do divórcio de Claiton, mas que nunca perderam a esperança de oficializar o momento. E foi ainda mais especial, já que a filha Lívia foi a aia e entregou as mesmas alianças que eles trocaram há nove anos, quando ela era bebê.

A ação foi organizada pelo Registro Civil de Pessoas Naturais de Lajeado, em parceria com a Prefeitura de Lajeado, por meio da Secretaria do Desenvolvimento Social (SMDS), o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM) Vale do Taquari e o Clube Tiro e Caça (CTC), onde também ocorreu a cerimônia gratuita, com participação de voluntários do Rotaract.

Realização de um sonho

Luísa Cassia de Souza Ferreira, 48 anos, e o agora marido Jesus Ângelo Dorneles, 39, moradores do bairro Santo Antônio, se conheceram há cerca de cinco anos quando moravam em São Leopoldo. Sempre tiveram a intenção de casar, mas foram adiando o sonho por conta do alto valor de investimento. Luísa conta que a sogra, que participa de grupos do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Espaço da Cidadania, avisou sobre o casamento coletivo.

- Ela ficou sabendo dessa ação, nos avisou e disse que seria uma oportunidade de realizar o nosso sonho. Agora, estamos aqui. Felizes em poder comemorar juntos essa união por meio dessa ação – relata Luísa.

Doação de vestido de noiva

O vestido que Maiara Gruber usou durante o casamento foi uma doação de Simone Câmara Rogeri, de Lajeado. Ela mandou fazer o vestido para o seu casamento, que ocorreu em setembro, e ele ficou pronto poucos dias antes da cerimônia. Simone relata que, como o modelo ficou diferente do que ela havia pensado, acabou usando outro vestido.

- De última hora aluguei outro vestido e acabei não usando este. Ouvi no rádio sobre a realização desse casamento coletivo e vi a oportunidade de ajudar com o vestido que estava em casa guardado. Procurei o CRAS, que encaminhou o meu vestido para a Maiara. É uma alegria imensa poder ajudar em um momento tão especial na vida de uma noiva. Ela pôde sentir a mesma emoção que eu senti em setembro – relata Simone.

O casamento

Para participar, o casal precisava ter idade mínima de 18 anos, ser morador de Lajeado, comprovar renda familiar de até três salários mínimos e apresentar os documentos solicitados pela organização do evento. O casamento inclusivo coletivo tinha como objetivo promover a regularização gratuita do estado civil de casais homoafetivos, com deficiência e/ou em vulnerabilidade social.

- Foi um momento muito emocionante para nós da Secretaria e para todos os casais que puderam realizar esse sonho. Acompanhamos os casais durante a preparação e sentimos que a realização do casamento faria a diferença. O momento também representa o compromisso do Executivo para com as políticas públicas de inclusão – ressalta a secretária do Desenvolvimento Social, Céci Maria Rodrigues Gerlach.

As noivas receberam buquês de corações confeccionados pelo Centro Vestir&Ser.

Confira as fotos da cerimônia clicando aqui.

Texto e fotos: Laura Mallmann