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A Prefeitura de Lajeado, por meio da Vigilância Ambiental, setor vinculado à Secretaria de Saúde, realizou novas ações de enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti com toda a equipe de agentes de combate a endemias do município no bairro Florestal. A área está com um alto índice de infestação de Aedes, já que no mês de janeiro foram encontrados mais de 332 ovos de mosquito nas armadilhas instaladas no local, chamadas de Ovitrampas. As visitas foram realizadas na manhã desta quinta-feira, 02/02. À tarde, as vistorias ocorreram no bairro São Cristóvão, na área próxima à outra Ovitrampa que continha 163 ovos de mosquito. A previsão é de que as visitas sigam na segunda-feira, nos bairros Moinhos e Americano.

Os agentes de combate a endemias visitaram residências e estabelecimentos, realizando vistorias em locais que podem acumular água parada como pratinhos de folhagens, calhas, caixas d' água, ralos e demais pontos que podem se tornar criadouros. Durante as visitas, eles repassam informações de como cuidar do pátio, recolhem potes, baldes e possíveis criadouros e, quando localizam algum local com água parada, solicitam aos moradores que o eliminem imediatamente. Um carro de som com orientações também passou pelo bairro com orientações para moradores como forma de mobilização.

A bióloga e coordenadora da Vigilância Ambiental, Catiana Lanius, explica que as visitas estão sendo feitas para alertar os moradores da atual situação do bairro.

- O índice nos preocupou muito, por isso preparamos este novo mutirão. Durante as visitas, estamos conversando com os moradores e orientando o que é necessário fazer para manter o pátio sem possíveis criadouros. Também estamos com sacos de lixo recolhendo potes, baldes, pratinhos e pneus. Nossa intenção é servir de exemplo, eliminando os recipientes que podem servir de criadouros para o mosquito. São medidas simples que devem ser adotadas por toda a população – ressalta Catiana.

Fases do mosquito

O mosquito passa por diversas fases antes de se alimentar de sangue humano e transmitir doenças. O ideal, conforme a bióloga, é que ele seja eliminado quando ainda é um ovo.

- O ciclo de vida do Aedes aegypti passa por quatro etapas. Inicialmente é um ovo, que eclode após o contato com a água e vira uma larva. Dias depois a larva se transforma em pupa, e a pupa e mosquito. Esse ciclo leva de 7 a 10 dias para acontecer. Já localizamos alguns locais com o mosquito na fase da pupa e, nesta fase, depois de um ou dois dias ele já pode se transformar em um adulto e apto a se alimentar do sangue humano e transmitir doenças – esclarece Catiana.

O ovo, a larva e a pupa precisam de água para se transformar em adultos. Descartando os criadouros, também se elimina a chance de o mosquito evoluir para a fase adulta.

Vistorias

Quando um criadouro é localizado e não é eliminado no momento da visita do agente de combate a endemias, o morador recebe um relatório de vistoria, que indica onde e o que foi localizado no local e orientações de como ele deve agir para eliminar o criadouro. Após alguns dias, a equipe retorna ao local para verificar se o criadouro foi eliminado. Caso contrário, a Vigilância Sanitária é acionada para fiscalizar o local.

Texto e fotos: Laura Mallmann